Junho representa as celebrações do orgulho LGBTQ+ em todo o mundo, incluindo países como Alemanha, Austrália, Canadá, Cuba, Estados Unidos, Finlândia, Hungria, Itália e Reino Unido.
Infelizmente, este ano começamos o Mês do Orgulho com um pano de fundo de ódio anti-LGBTQ+. Somente nos EUA, vemos mais de 500 projetos de lei anti-LGBTQ+ nas legislaturas estaduais em todo o país, com foco em limitar ou reverter direitos civis, liberdade de expressão, saúde, educação, direitos de pessoas trans e de acomodação pública reconhecidos anteriormente. Além disso, continuamos vendo ameaças crescentes em diversos países – mais recentemente na Uganda, que promulgou a lei anti-LGBTQ+ mais rígida do mundo.
A Edelman compilou diversos relatórios do Edelman Trust Barometer que incluem achados sobre empresas e a comunidade LGBTQ+. Em nossos relatórios recentes com foco em Justiça Racial, Confiança nas Marcas, Confiança no Local de Trabalho e A Mudança do Papel das Corporações na Sociedade (que fizemos parceria direta com a GLAAD), reunimos vários insights relevantes:
- As empresas precisam avançar — Quase sessenta por cento (59%) dos entrevistados dizem que as empresas podem ter um impacto positivo na proteção dos direitos LGBTQ+ se dedicarem recursos suficientes à questão. Isso é mais evidente entre os entrevistados mais jovens (18-34), chegando a 65%, e mais para os homens (63%) do que para as mulheres (56%).
- Os CEOs devem se posicionar — Espera-se que os líderes das empresas façam parte dos debates sobre políticas relacionadas à comunidade LGBTQ+. Isso é novamente mais alto entre os entrevistados mais jovens (63%) e os funcionários afro-americanos (66%).
- Funcionários querem trabalhar para empregadores que apoiam os direitos LGBTQ+ — Por 4,5 para 1, respondentes têm mais chances de trabalhar para uma empresa que demonstra compromisso com a expansão e proteção dos direitos LGBTQ+. O número entre os mais jovens é maior, em 5,5x, e os funcionários afro-americanos ainda mais, chegando a 7x.
- Consumidores têm duas vezes mais chances de comprar de marcas que apoiam os direitos LGBTQ+ — Por uma margem de 2:1, os consumidores têm maior probabilidade de comprar marcas que apoiam os direitos LGBTQ+. Isso é universal em raça, gênero e faixa etária.
Esses dados demonstram uma demanda imperativa para que os líderes de negócios se posicionem sobre essas questões, não apenas porque é a coisa certa a fazer, mas também para atrair e reter funcionários de maneira eficaz. Os consumidores são mais propensos a comprar de marcas que apoiam os direitos LGBTQ+, mas os profissionais de marketing precisam entender as expectativas do público ao trabalhar em suas estratégias e estar preparados para possíveis reações negativas. Sem dúvidas, é cada vez mais desafiador para marcas se envolverem em discussões políticas e sociais. Por isso, é essencial que os profissionais de comunicação promovam um entendimento entre as partes internas interessadas sobre o potencial risco organizacional. Na Edelman, entendemos esse desafio e nossa força-tarefa OutFront trabalha com os clientes para trazer campanhas LGBTQ+ ao mercado de maneira ponderada e impactante, ao mesmo tempo em que gerencia os riscos comerciais.
Na Edelman, neste mês, celebramos as contribuições de nossos funcionários LGBTQ+ e da comunidade LGBTQ+ em geral e reafirmamos nosso compromisso de apoiar a igualdade. Como aliado, tendo sido um dos primeiros CEOs a falar em Davos sobre o assunto, continuarei a impulsionar o apoio à comunidade, e a Edelman continuará trabalhando em estreita colaboração com as principais organizações LGBTQ+ (como GLAAD, HRC, NCLR e o Trevor Project, instituições que apoiam a comunidade de maneiras únicas), para aprender e promover a compreensão de nossos clientes e equipes.
Richard Edelman é CEO.